segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ás vezes

Ás vezes sinto falta delas, alias, quase sempre, de passar sete horas inteiras dando risada, comendo e falando sobre tudo.
Ás vezes paro e fico lembrando do primeiro dia, de como tudo começou e dos melhores momentos que passamos, a melhor equipe... Lembro dos rolês no meio da tarde, das festinhas, das funções de onze e meia...

Ás vezes pego o celular e releio todas as mensagens, as mais bonitinhas dele estão salvas, o que na verdade, nem seria preciso, já que sei de cor. Decorei cada palavra, melhor que isso, sei exatamente o que senti na hora que as recebi.
Ás vezes, me arrependo de não ter ativado o histórico que conversas no MSN, porque assim, poderia rever todas as conversas também, e lembrar de tudo. E reviver tudo.

Ás vezes eu quero fugir, pra bem longe, pra um lugar bonito e tranquilo, onde o problema maior é ter que passar protetor a cada uma hora... Queria uma ilha, onde só eu pudesse ficar lá, até eu me acalmar e voltar pro mundo real, mas sempre tento uma rota de fuga, sempre tento esse paraíso particular secreto.

Ás vezes quero gritar, gritar alto, muito alto, e falar da maneira mais clara, pra que as pessoas entendam que eu estou certa, sei do que estou falando. Quero brigar com todos, mas sei, que não posso fazer isso, pras pessoas aprenderem o que nós estamos dizendo é preciso ou muita paciencia pra ensinar, o que não é tão eficaz, ou podemos esperar a pessoa aprender dando de cara com o muro, o que é meio triste ás vezes, mas extremamente eficaz.

Ás vezes queria te conhecido algumas pessoas antes, ter tudo em comum com ela é fascinante, ver que nós nos damos tão bem é fabuloso, e ver que sou valorizada de uma forma tão simples é quase inspirador. Queria poder fazê-la tão feliz quanto ela me faz...

Ás queria aquela cerveja, aquele bar, aquela galera, aquela bagunça. Aquele velho amigo que se mudou. E aquela velha Caipira engraçada.

Ás vezes só queria umas esfihas, uma cerveja, e uma vaga pra estacionar.

Ás vezes eu só queria atenção, carinho, respeito, reconhecimento.
E ás vezes eu acho que não preciso disso, porque já tenho, só não consigo vê- lo.

Ás vezes sinto falta daquela bagunça no quarto, aquela maquiagem jogada, aqueles dez pares de sapatos jogados pra fora do armário e a cama forrada de roupas.

Ás vezes eu só queria vir aqui, escrever meia dúzia de coisas sem que as pessoas ficassem achando que tudo corresponde a minha vida pessoal, sim, agora é pessoal, mas nem sempre é.

E ás vezes, eu me pergunto porque fico fazendo esses textos subliminares quando na verdade são mais transparentes que água de filtro.

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